Cara Anne Fernandes,
É com bastante pesar que escrevo estas linhas oscilando entre o lado passional que me move a amar incessantemente a Sociedade Esportiva Palmeiras e o lado racional que me faz descrer que pessoas como você ainda existam, que comportamentos como os que você teve ainda façam parte do meu, do seu e do nosso cotidiano.
E é imbuída de todos estes sentimentos que venho lhe dizer, Anne Fernandes, NÃO, o que você fez NÃO FOI uma “mera brincadeira entre amigos”, o que você fez foi desrespeitar uma instituição, e mais que isso desrespeitar milhões de palmeirenses apaixonados, e a maioria destes sequer teve o prazer e o orgulho de estar onde você estava quando teve a infeliz ideia de desrespeitar, o manto, a história, a Sociedade Esportiva Palmeiras e todos nós, palmeirenses.
Somos nós, palmeirenses de alma, quem deveríamos estar no seu lugar, dando honra a quem merece tão somente honra, paixão e devoção, a razão da nossa existência.
Você não só nos desrespeitou você ainda se deu o trabalho de subestimar a nossa inteligência dizendo que “tudo não passou de uma brincadeira”. E, por isso, quero lhe lembrar que, nós, ao contrário de você, sabemos o que é brincadeira e sabemos que o que você fez está muito longe de sê-lo.
Você desrespeitou crianças, jovens, adultos e idosos, homens e mulheres, desrespeitou pessoas, milhares delas, e muitas delas que teriam ido a este evento sem receber o cachê que você aceitou receber.
Você, Anne Fernandes, envergonhou a muitos, causou furor em outros tantos, e acreditou que chamar isso “de brincadeira” resolveria os problemas.
Espero, sinceramente, que você entenda que o respeito é inerente a si, e, portanto, não depende do outro para existir; que você entenda que sempre podemos fazer escolhas e que você poderia ter negado o contrato caso não quisesse estar no lugar que para nós é sagrado, vestindo o manto que nós temos orgulho de vestir, tirando foto em frente ao emblema que nós, palmeirenses, incondicionalmente amamos. INCONDICIONALMENTE.
Saudações alviverdes.
Vanessa Camargo
Amar, desamar e amar...
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Da Prevalência
"A vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho relaciona-se mais com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós." (Jane Austen)
Prevalência é aquela ação, aquela palavra que sabemos o que significa mesmo antes de conhecermos as letras que a compõem. É aquela palavra que faz os nossos pais tratar-nos, seus filhos, de maneira diferente, e ainda assim dizer que trata a todos como iguais. Isso porque prevalência não é prioridade, aliás, sugiro que onde há prevalência a prioridade vira as costas e se vai, sem olhar pra trás.
A prioridade nos faz vaidosos, e nos mantém neste estado de exclusividade eterna até que alguém estoure a bolha e nos diga em alto e bom tom "apesar de você". E como numa relação entre dominador e dominado, o ser (ou objeto) a quem se destina a prioridade, pode, facilmente, deixar de sê-lo em detrimento da existência de um novo ser (ou objeto), ou seja, torna-se substituível.
A prevalência, por sua vez, nos torna relevantes! Agir de forma a prevalecer o outro, não significa colocá-lo numa redoma de vidro e (sobre)viver como se tudo na sua vida fosse este outro, isso é pura vaidade. Prevalência é outra coisa!
Prevalência é mostrar ao outro que "apesar de" tudo o mais: você é relevante, você é prevalente. E isso não se mostra nas grandezas, se mostra no pequeno, naqueles gestos que os apressados não veem, naquelas atitudes que os ansiosos teimam em acreditar não existir.
E desta forma, prevalecer sobre o outro não significa substituí-lo, mas significa compô-lo, significa somar e dividir tudo o que tangencia nesta relação entre o ente a quem origina a ação prevalente e o ente a quem destina a prevalência.
Luto, desde sempre, por ser prevalente a todos quanto se encontram na minha vida, e ainda que decidamos por caminhos diferentes, que ambos saibamos que fomos prevalentes, assim, mutuamente prevalentes.
E assim é.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Primeiro dia de aula
Camilo é um homem esbelto, e embora sua pouca vaidade, procura com pequenos gestos e sua voz forte e firme deixar sua marca por onde passa.
Naquele terça-feira, Camilo falava sobre coisas usuais com seus amigos da faculdade quando de repente vê passar uma mulher. Ele a acompanha com um olhar e de repente a vê entrar na mesma sala que a sua.
Já sentados, o professor chega e a aula começa, mas ele pouco consegue acompanhar aquele blablablá de mais um primeiro dia de aula, em que o professor explica um monte de coisa que ele tem certeza que não precisa saber.
Fato é que seu olhar, seus sentidos, só conseguiam acompanhar os movimentos dela.
Calça jeans, moletom, tênis e aqueles óculos de armação preta que perfeitamente enfeitavam seu rosto, era isso que atraía sua atenção. Era ela. Mas quem era ela?
Quando o professor, finalmente, diz aquelas palavras mágicas "vamos para o intervalo", ela sutilmente caminha até a mesa do professor, se curva para falar algo, e Camilo se aproxima, como se quisesse se oferecer para ajudar, mas na verdade ele queria mesmo é ser notado.
Eles passam o intervalo conversando e de repente se veem amigos, ela lhe conta sobre seu namorado, sua viagem para o exterior e sobre os dias que não irá a faculdade, pedindo quase que suplicantemente:
_ Poderei pegar seu caderno quando voltar?
Ele sequer pisca para responder:
_ Não tenha dúvidas.
Dayane, ou Day como preferia ser chamada, era uma mulher de média estatura, pele clara, cabelos escuros, olhos eclipsantes capazes de iluminar caminhos, irradiava beleza, sedução e ternura. Tinha um jeito de falar cheio de vícios aprendidos com as novelas que gostava de assistir, e nem seus gostos musicais eram capazes de fazer Camilo ter menos interesse por aquela mulher.
Mas saber de seu namoro de tantos anos fez com que Camilo recuasse e se contivesse com a sua amizade, ele apenas não queria ser privado da presença dela e por isso se ofereceu para ajudá-la no que ela precisasse:
_Olha, aqui tem o meu e-mail, e meu telefone. Caso queira que eu te envie algo, durante esse tempo é só me escrever ou me ligar.
Ela não escreveu, e claro, também não ligou.
Viajou para algum lugar do hemisfério norte que ele não sabia ao certo explicar, e com o passar dos dias ele nem tinha o que explicar. Ele simplesmente adormeceu seus sentidos e esquecia-se de lembrar daqueles momentos.
Vanessa
abr/2013
Naquele terça-feira, Camilo falava sobre coisas usuais com seus amigos da faculdade quando de repente vê passar uma mulher. Ele a acompanha com um olhar e de repente a vê entrar na mesma sala que a sua.
Já sentados, o professor chega e a aula começa, mas ele pouco consegue acompanhar aquele blablablá de mais um primeiro dia de aula, em que o professor explica um monte de coisa que ele tem certeza que não precisa saber.
Fato é que seu olhar, seus sentidos, só conseguiam acompanhar os movimentos dela.
Calça jeans, moletom, tênis e aqueles óculos de armação preta que perfeitamente enfeitavam seu rosto, era isso que atraía sua atenção. Era ela. Mas quem era ela?
Quando o professor, finalmente, diz aquelas palavras mágicas "vamos para o intervalo", ela sutilmente caminha até a mesa do professor, se curva para falar algo, e Camilo se aproxima, como se quisesse se oferecer para ajudar, mas na verdade ele queria mesmo é ser notado.
Eles passam o intervalo conversando e de repente se veem amigos, ela lhe conta sobre seu namorado, sua viagem para o exterior e sobre os dias que não irá a faculdade, pedindo quase que suplicantemente:
_ Poderei pegar seu caderno quando voltar?
Ele sequer pisca para responder:
_ Não tenha dúvidas.
Dayane, ou Day como preferia ser chamada, era uma mulher de média estatura, pele clara, cabelos escuros, olhos eclipsantes capazes de iluminar caminhos, irradiava beleza, sedução e ternura. Tinha um jeito de falar cheio de vícios aprendidos com as novelas que gostava de assistir, e nem seus gostos musicais eram capazes de fazer Camilo ter menos interesse por aquela mulher.
Mas saber de seu namoro de tantos anos fez com que Camilo recuasse e se contivesse com a sua amizade, ele apenas não queria ser privado da presença dela e por isso se ofereceu para ajudá-la no que ela precisasse:
_Olha, aqui tem o meu e-mail, e meu telefone. Caso queira que eu te envie algo, durante esse tempo é só me escrever ou me ligar.
Ela não escreveu, e claro, também não ligou.
Viajou para algum lugar do hemisfério norte que ele não sabia ao certo explicar, e com o passar dos dias ele nem tinha o que explicar. Ele simplesmente adormeceu seus sentidos e esquecia-se de lembrar daqueles momentos.
Vanessa
abr/2013
sábado, 30 de junho de 2012
Nem meio cheio, nem meio vazio
Às vezes desço a rua da minha casa esperando que por alguns instantes as coisas sejam diferentes. Desejando que aquele amor ideal e idealizado durante tanto tempo esteja lá, a minha espera e me desejando tanto quanto eu o desejo.
Mas quando destranco a porta e ouço apenas os miados de Beatrice, acendo a luz vejo uma coisa: nada mudou.
Há um tempo me disseram que a felicidade e o tormento de quem vive só reside no fato de que ao fechar a porta temos sempre a certeza de que no retorno as coisas estarão no mesmo lugar, do mesmo jeito. As lágrimas tem um sabor mais amargo, porque não serão secas por alguém, os desejos são contidos e por aí vai...
Mas tem uma coisa, e talvez uma das mais importantes: isso tudo te fará forte!
Forte para acordar no outro dia e seguir procurando, desejando, trabalhando, lutando, sorrindo e chorando.
Talvez, se eu não tivesse passado por isso continuaria aceitando as metades, sendo que posso ter os inteiros.
Pra ser sincera, estou um pouco cansada dos amores pela metade, da entrega pela metade, do desejo pela metade... não quero copo nem meio cheio, muito menos meio vazio; quero um copo inteiro! Transbordando!
Quero amar... transbordar e amar!
Mas quando destranco a porta e ouço apenas os miados de Beatrice, acendo a luz vejo uma coisa: nada mudou.
Há um tempo me disseram que a felicidade e o tormento de quem vive só reside no fato de que ao fechar a porta temos sempre a certeza de que no retorno as coisas estarão no mesmo lugar, do mesmo jeito. As lágrimas tem um sabor mais amargo, porque não serão secas por alguém, os desejos são contidos e por aí vai...
Mas tem uma coisa, e talvez uma das mais importantes: isso tudo te fará forte!
Forte para acordar no outro dia e seguir procurando, desejando, trabalhando, lutando, sorrindo e chorando.
Talvez, se eu não tivesse passado por isso continuaria aceitando as metades, sendo que posso ter os inteiros.
Pra ser sincera, estou um pouco cansada dos amores pela metade, da entrega pela metade, do desejo pela metade... não quero copo nem meio cheio, muito menos meio vazio; quero um copo inteiro! Transbordando!
Quero amar... transbordar e amar!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Saudades
SAUDADES
De um tempo que ainda não passou.
Pelo menos para mim, é o que sinto.
E mesmo sem coragem de chegar a tua porta e dizer Eu Te Amo,
quero dizer que ainda guardo as cicatrizes à mostra, de uma história que não acabou entre nós.
Hoje eu acordei de um sonho maravilhoso e entrei no pesadelo o qual minha vida se tornou sem a sua presença no meu travesseiro.
Apenas olhei em volta e imaginei como seria planejar com você uma história diferente de vida?
Estou a seus pés, é só chamar.
by Van
07/01/2006
De um tempo que ainda não passou.
Pelo menos para mim, é o que sinto.
E mesmo sem coragem de chegar a tua porta e dizer Eu Te Amo,
quero dizer que ainda guardo as cicatrizes à mostra, de uma história que não acabou entre nós.
Hoje eu acordei de um sonho maravilhoso e entrei no pesadelo o qual minha vida se tornou sem a sua presença no meu travesseiro.
Apenas olhei em volta e imaginei como seria planejar com você uma história diferente de vida?
Estou a seus pés, é só chamar.
by Van
07/01/2006
Assinar:
Postagens (Atom)